Ex-aluno da Escola Aldeia Betânia irá representar a instituição em campeonato Latino Americano de Ka
Em setembro deste ano acontece em Lima, no Peru, o campeonato Panamericano JKA 2018, para jovens praticantes de Karatê de toda a América Latina e do Norte. Entre as centenas de adolescentes que irão participar está João Pedro Hioki, de 14 anos, que irá não apenas representar o Brasil e o Estado do Paraná, mas também a Irmandade Evangélica Betânia (IEB).
O jovem que treina desde os dez anos de idade já participou de diversos campeonatos, dentre eles o Campeonato Mundial em que teve um bom desempenho, alcançou a terceira posição e agora se prepara para mais um capítulo de sua carreira esportista. João Pedro também foi estudante na Escola Aldeia Betânia (unidade educacional da IEB) no Ensino Fundamental e quis, junto com sua família, levar o nome da instituição para o campeonato.
“Minha família e eu sempre valorizamos a Irmandade e o trabalho que ela faz tanto na educação quanto nas comunidades próximas à ela. Me sinto honrado em poder levar a bandeira da instituição”, conta João Pedro. O adolescente que estudou dos seis aos dez anos na Escola Aldeia Betânia conta que guarda carinhosamente consigo boas recordações do seu período de escola. “Me lembro das aulas em contato com o meio ambiente que tínhamos e podíamos tocar nos animais, observá-los e aprender com eles. Eu gostava do espaço verde disponível e sinto falta do clima afetuoso tanto com os colegas quanto com as professoras”, conta o jovem.
Hoje, João Pedro está estudando no primeiro ano Ensino Médio e no esporte, sua meta é ser um mestre Karatê e um dia, talvez, poder ajudar adolescentes por meio dessa arte marcial. “O Karatê é uma arte que ensina disciplina, postura, autocontrole e muitas outras características para as pessoas. Eu sei que há na nossa própria cidade muitos adolescentes que vivem uma situação vulnerável e poderiam se beneficiar muito com isso. Quero um dia poder ter a oportunidade de ajudá-las por meio do Karatê”, diz João.
Seu pai, o advogado Josué Hioki, desde pequeno incentiva o filho a desenvolver as habilidades na arte marcial e conta com orgulho que também nutri um amor muito grande pela Irmandade Betânia. “Acompanho essa instituição há muito tempo e também presto serviços voluntários por meio de atividades jurídicas, sei o quanto essa instituição se empenha para fazer o bem à sociedade e sei também que levar seu nome para um campeonato da magnitude tem um peso positivo”, conta Josué que também é associado da Irmandade Betânia.
Quando questionado, os motivos que o levaram a incentivar o filho a praticar Karatê, Josué diz que foi, não apenas ajudar na saúde do menino, mas também no resgate da própria cultura japonesa da família. “Ao contrário do que muitos podem pensar, o Karatê não incentiva a criança a ser mais agressiva, na verdade vai ensinar a ela o extremo oposto disso. A arte marcial vai trabalhar disciplina, construção de caráter, respeito ao próximo e ao mais velho e acredite, ajuda até na limitação da agressividade”, diz.
A presidente da Irmandade Betânia, Denise Caron e também diretora da Escola Aldeia Betânia, acompanhou João Pedro quando ele ainda era aluno. “Estou muito orgulhosa do João, é gratificante ver um aluno crescendo, amadurecendo e você fazendo parte disso, como instituição”, conta - “Quando nos disseram que queriam levar nosso nome para representar no campeonato Panamericano ficamos muito felizes, pois vemos que não só o aluno, mas também uma família se identifica com nossa causa e quer fazer parte dela”, conclui Denise.
A escola valoriza a relação entre familiares e instituição e quer reforçar esses vínculos, atitudes como essa de João Pedro mostram que o objetivo de criar essa aproximação e esse sentimento de pertencimento tem crescido e se tornado mais forte dentro da instituição. “Vimos que a chave para o bom funcionamento da instituição a longo prazo é a relação próxima entre instituição e família. Quando essa dupla caminha junto, damos passos largos em direção a nossos objetivos e missão”, conclui Denise.
João Pedro Hioki irá enfrentar jovens de várias nacionalidades de todo o continente americano. Ele conta que apesar da tensão dos próximos dias, ele está mais focado em se manter tranquilo, exercitar apenas o suficiente, trabalhar o emocional e claro, conhecer mais de cada adversário e suas habilidades. O evento que começa em setembro será sediado na capital do Peru, Lima e contará com jovens de várias estados brasileiros e várias nacionalidades.
“Ao me analisar vejo que tenho um bom desempenho no Katar, que em japonês significa luta imaginária. O katar, consiste em trabalhar a mente e o corpo para vários movimentos, golpes, ataques vindo de diversas direções e simultâneos. Você tem que ter disciplina, autocontrole, pensamento rápido, flexibilidade, agilidade e acima de tudo, precisa trabalhar à mente para prever possíveis golpes do seu adversário. É como se você previsse os golpes que seu oponente irá fazer e baseado nisso preparar a sua defesa. Acredite, quem tem um bom domínio do Katar, se destaca e eu vejo que nisso estou avançado. Porém, neste Panamericano virão muitos jovens que eu nunca vi numa luta e terei que observá-los e analisá-los rapidamente para disputar com eles. Mas tudo isso será muito positivo e vai me acrescentar muito”, conta João Pedro.